26 de setembro de 2012

Um pouco sobre o Violino




A palavra violino vem do latim médio, vitula, que significa instrumento de cordas. O nome Violino significa pequena Viola. Sua origem vem de instrumentos trazidos do Oriente Médio Hoffman. Os primeiros violinos foram feitos na italia entre os meados do fim do século XVI e o início do século XVII, evoluindo de antecessores como a rebec, a vielle e a lyra da braccio. A sua criação é atribuída ao italiano Gasparo de Salò. Durante duzentos anos, a arte de fabricar violinos de primeira classe foi atributo de três famílias de Cremona: Amati, Guarneri e Stradivarius. Toda a invenção do violino foi conduzida pelas raízes do instrumento milenar chines erhu, as raízes deste instrumento foram os instrumentos de cordas friccionados por arco mais antigos já descobertos.

Consideramos que o Violino é um dos instrumentos musicais mais conhecidos. Uma pessoa, por mais afastada que possa estar da Música, pelo menos uma vez em sua vida já viu ou ouviu um Violino. É infalível!

Por esta razão, desnecessário é descrever o Violino, com relação ao seu formato, características físicas ou construção. Mesmo porque, os bons fabricantes de Violinos guardaram ou guardam os segredos sobre detalhes construtivos, materiais empregados, tratamentos especiais, processos, etc. Enfim, todos aqueles macetes que levam ao aprimoramento e à quinta-essência deste nobre instrumento musical. E ainda mais, a sua construção, esmeradamente artesanal, é constituída de mais de oitenta peças ou partes, requerendo conhecimentos especializados.

O Violino, desde meados do século XVI até os nossos dias, pouco mudou, apenas sofrendo alterações em alguns pequenos detalhes.

Já o arco do Violino sofreu melhorias mais acentuadas, no correr dos anos, adequando-se mais perfeitamente ao instrumento.

O Violino, e isto também não é novidade, é tocado sendo seguro contra o peito, com a sua caixa de ressonância entre o ombro e o lado esquerdo do queixo. A mão esquerda é usada para dedilhar as suas cordas e a mão direita, para manejar o arco sobre as cordas ou dedilhá-las diretamente com as pontas dos dedos, fazendo pizzicato.

As partituras musicais para o Violino são escritas na Clave de Sol.

A extensão de escala do Violino compreende três oitavas e uma sexta maior e os seus registros são: grave, médio, agudo e sobre-agudo.

A afinação das quatro cordas do violino faz-se por quintas justas. Assim, temos:

1a. Corda - Mi (corda mais delgada);
2a. Corda - Lá;
3a. Corda - Ré;
4a. Corda - Sol (corda mais grossa).

Além de seu timbre eminentemente lírico e de extrema beleza, o Violino é capaz de reproduzir uma extensa gama de expressões, tais como: legato, martellato, saltando, con sordino (através do uso de uma peça, semelhante a um pente), pizzicato, tremolo, sulponticello, col legno e, principalmente a geração de harmônicos, recurso que amplia a sua extensão.

Por isto, o Violino é considerado por muitos como um instrumento perfeito, o Rei dos instrumentos das orquestras, o intérprete universal dos sentimentos.

Na orquestra, o líder do naipe de primeiro-violino é chamado de spalla. Depois do maestro, ele é o comandante da orquestra. O spalla fica bem à esquerda do maestro, logo na primeira estante do naipe de primeiro-violino. O som geralmente é produzido pela ação de friccionar um Arco de madeira sobre as cordas. Esticada sobre o arco está a Crina, que pode ser feita de vários fios de crina de cavalo, ou de material sintético, porém a crina de cavalo tem maior qualidade no som. Antes de tocar o instrumento, o violinista passa sobre as crinas do arco uma cera chamada Breu, que tem o efeito de produzir o atrito entre os fios da crina e as cordas, gerando o som. O som produzido pelas cordas é transmitido ao corpo oco do Violino, à caixa de ressonância, pela alma, um cilindro de madeira que fica dentro do corpo do violino, mais ou menos embaixo do lado direito do cavalete. A alma liga o tampo superior ao inferior do violino, fazendo com que o som vibre por todo o corpo.

O Violino requer muitos cuidados, já que é um instrumento "sensível" às variações de temperatura e umidade, além de ser muito frágil. Recomenda-se sempre passar por ele uma flanela limpa e seca após tocá-lo e, sempre, guardá-lo em local longe do sol, poeira e umidade. Dar polimento no violino é raramente necessário. Limpeza do violino com polidores de móveis e/ou água pode danificar o verniz e a acústica do violino (a água pode causar rachaduras no violino). É sempre bom afrouxar o arco após o uso, para que o mesmo não fique torto.

Merece ser apreciado. Merece ser aplaudido!!!

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